Empresa quer instalar em Viana primeiro parque eólico flutuante do mundo sem subsídios públicos
A empresa alemã BayWa r.e. apresentou o pedido de licença para o primeiro projeto eólico offshore flutuante comercial do mundo sem subsídios ao largo da costa portuguesa.

Em comunicado emitido esta segunda-feira, a empresa BayWa r.e. informa que “entra agora na fase decisiva do processo de autorização oficial do primeiro projeto offshore flutuante à escala comercial em Portugal, que será o primeiro projeto offshore flutuante livre de subsídios do mundo. Isto vem na sequência das discussões iniciais e as etapas de consulta com o governo português e todas as partes interessadas locais”.
A empresa alemã solicitou oficialmente os direitos de uso exclusivo do fundo do mar, para desenvolver um parque eólico offshore flutuante com 30 turbinas e até 600 MW no total, numa zona dedicada ao largo da costa de Viana do Castelo.
O projeto é compatível com as licitações de energia eólica offshore anunciadas recentemente a serem realizadas no futuro e pode servir como um modelo para os projetos de licitação. A BayWa r.e. pretende apoiar a criação de uma cadeia global de abastecimento de energia eólica offshore flutuante em Portugal utilizando as infraestruturas locais existentes, que os projetos a concurso poderão utilizar. Além disso, o projeto será realizado sem quaisquer subsídios públicos, com um contrato de compra de energia (PPA).
No comunicado, a empresa reitera que “o projeto apoiará significativamente Portugal para atingir suas metas climáticas e atingir zero emissões líquidas nas próximas décadas. Em particular, Portugal que pretende aumentar a quota de energias renováveis na produção de eletricidade para 80% até 2026”.
Ricardo Rocha, Diretor Técnico Eólico Offshore da BayWa r.e. disse: “O nosso projeto será um verdadeiro marco para a indústria offshore portuguesa. Temos trabalhado arduamente com nossos parceiros industriais e todas as partes interessadas durante o processo de desenvolvimento. Agora é a hora de levá-lo para o próximo nível. Estamos ansiosos por continuar a colaborar com o governo e as autoridades portuguesas, para que este projeto seja não só um projeto em Portugal, mas também e sobretudo, para Portugal.”
“O nosso projeto está bem alinhado com as ambiciosas metas offshore de Portugal. A zona onde vai ser construído o nosso parque eólico flutuante faz parte do plano de ordenamento do espaço marinho do governo português, pelo que já tem uma zona dedicada. Na BayWa r.e., estamos entusiasmados por não apenas impulsionar a transição energética com este projeto, mas também trazer benefícios socioeconómicos, como novos empregos e infraestrutura local para a comunidade em Viana do Castelo”, comentou Lorenzo Palombi, Diretor Global da Wind Projetos na BayWa r.e.
A empresa BayWa r.e. já teve sucesso com projetos semelhantes, entre os quais, os direitos para desenvolver o projeto offshore Buchan de 960 MW na costa nordeste da Escócia. Além disso, a empresa BayWa r.e. também foi pré-qualificado para dois concursos de energia eólica offshore flutuante na França, incluindo um projeto de 250 MW no sul da Bretanha, bem como outros dois projetos com capacidade total de 500 MW no Mar Mediterrâneo.
Foto: BayWa r.e.
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